CEEB 11/11/2019
TURMA: JOANA DE ÂNGELIS – 3º
CICLO - SEGUNDA À NOITE
TEMA:
JESUS
ASSUNTO: O LIVRO NO ROTEIRO DE JESUS
Objetivo: ABORDAR FATOS VIVENCIADOS PELO CRISTO NO
FINAL DE SUA VIDA NA TERRA
PÁGINA DE ABERTURA:
PRECE
INICIAL.
DESENVOLVIMENTO
DA AULA:
Dividir
a turma em três a quatro grupos cada um com uma com um conto, do livro NO
ROTEIRO DE JESUS. A ideia é fazermos uma contação de histórias, cada grupo se
apesenta contando a história e ao final faz-se o resgate refletindo sobre o
tipo de ensinamento cada situação reflete.
PERGUNTAS
PARA CADA GRUPO RESPONDER:
O
que significa o ensinamento de Jesus, especialmente no final de sua vida na
Terra?
Entendemos
que os ensinamentos de Jesus, apesar do tempo, são atuais como estamos e como
podemos na prática no nosso dia a dia? Vamos dar exemplo, de acordo com a
historia, de nós mesmos, e de nossas
dificuldades no dia a dia.
PRECE
FINAL
ANEXOS:
34-
O caminho do reino
Na tosca residência de Arão,
o curtidor, dizia Jesus a Zacarias, dono de extensos vinhedos em Jerico: — O
reino de Deus será, por fim, a vitória do bem, no domínio dos homens!... O Sol
cobrirá o mundo por manto de alegria luminosa, guardando a paz triunfante. Os
filhos de todos os povos andarão vinculados uns aos outros, através do apoio
mútuo. As guerras terão 89 desaparecido, arredadas da memória, quais pesadelos
que o dia relega aos precipícios da noite!... Ninguém se lembrará de exigir o
supérfluo e nem se esquecerá de prover os semelhantes do necessário, quando o
necessário se lhes faça preciso. A seara de um lavrador produzirá o bastante
para o lavrador que não conseguiu as oportunidades da sementeira, e o teto de
um irmão erguer-se-á igualmente como refúgio do peregrino sequioso de afeto,
sem que a idéia do mal lhes visite a cabeça... A viuvez e a orfandade nunca
mais derramarão sequer ligeira lágrima de sofrimento, porquanto a morte nada
mais será que antecâmara da união no amor perpétuo que clareia o sem-fim. Os
enfermos, por mais aparentemente desvalidos, acharão leito repousante, e as
moléstias do corpo deixarão de ser monstros que espreitam a moradia terrestre
para significarem simplesmente notícias breves das leis naturais no arcabouço
das formas. O trabalho não será motivo de cativeiro, e sim privilégio sagrado
da inteligência. A felicidade e o poder não marcarão o lugar dos que retenham
ouro e púrpura, mas o coração daqueles que mais se empenham no doce
contentamento de entender e servir. O lar não se erigirá em cadinho de
provação, porque brilhará incessantemente por ninho de bênçãos, em cujo
aconchego palpitarão as almas felizes que se encontram para bendizer a
confiança e a ternura sem mácula. O homem sentir--se-á responsável pela
tranqüilidade comum, nos moldes da reta consciência, transfigurando a ação
edificante em norma de cada dia; a mulher será respeitada, na condição de mãe e
companheira, a que devemos, originariamente, todas as esperanças e regozijes
que desabrocham na Terra, e as crianças serão consideradas por depósitos de
Deus!... A dor de alguém será repartida, qual transitória sombra entre todos,
tanto quanto o júbilo de alguém se espalhará, na senda de todos, recordando a
beleza do clarão estelar... A inveja e o egoísmo não mais subsistirão, visto
que ninguém desejará para os outros aquilo que não aguarda em favor de si
mesmo! Fontes deslizarão entre jardins, e frutos substanciosos penderão nas
estradas, oferecendo-se à fome do viajor, sem pedir-lhe nada mais que uma prece
de gratidão à bondade do Pai, de vez que todas as criaturas alentarão consigo o
anseio de construir o Céu na Terra que o Todo-Misericordioso lhes entregou!...
Deteve-se Jesus contemplando
a turba que o aplaudia, frenética, minutos depois da sua entrada em Jerusalém
para as celebrações da Páscoa, e, notando que os israelitas se diferençavam
entre si, a revelarem particularidades das regiões diversas de que procediam,
acentuou: —Quando atingirmos, coletivamente, o reino dos céus, ninguém mais
nascerá sob qualquer sinal de separação ou discórdia, porque a humanidade se
regerá pelos ideais e interesses de um mundo só!...
Enlevado, Zacarias fitou-o
com ansiosa expectação e ponderou com respeito: —Senhor, vim de Jerico para o
culto às tradições de nossos antepassados; todavia, acima de tudo, aspirava a
encontrar-te e ouvir-te... Envelheci, arando a gleba e sonhando com a paz!...
Tenho vivido nos princípios de Moisés; no entanto, do fundo de minha alma, quero
chegar ao reino de Deus do qual te fazes mensageiro nos tempos novos!...
Mestre! Mestre!... Para buscar-te, percorri a trilha de minha estância até
aqui, passo a passo... De vila em vila, de casa em casa, um caminho existe,
claro, determinado... —Qual é, porém, Senhor, o caminho para o reino de Deus?
—A estrada para o reino de Deus é uma longa subida... — começou Jesus,
explicando. Eis, contudo, que filas de manifestantes penetraram o recinto,
interrompendo-lhe a frase e arrebatando-o à praça fronteiriça, recoberta de
flores. ...... Zacarias, em êxtase, demandou o sítio de parentes, no vale de
Hinom, demorando-se por dois dias em comentários entusiastas, ao redor das
promessas e ensinos do Cristo, mas, de retorno à cidade, não surpreende outro
quadro que não seja a multidão desvairada e agressiva... Não mais a
glorificação, não mais a festa. Diante do ajuntamento, o Mestre, em pessoa, não
mais querido. Aqueles mesmos que o haviam honorificado em cânticos de louvor
apupavam-no agora com requintes de injúria. O velho de Jerico, transido de
espanto, viu que o amado Amigo, cambaleante e suarento, arrastava a cruz dos
malfeitores... Ansiou abraçá-lo e esgueirou-se dificilmente, suportando
empuxões e zombarias do populacho... Rente ao madeiro, notou que um grupo de
mulheres chorosas obrigava o Mestre a parada imprevista e, antecedendo-se--Ihes
à palavra, ajoelhou-se diante dele e
clamou: —Senhor!... Senhor!... Jesus retirou do lenho a destra ferida,
afagou-lhe, por instantes, os cabelos que o tempo alvejara, lembrando o linho
quando a estriga descansa junto da roca, e falou humilde: —Sim, Zacarias, os
que quiserem alcançar o reino de Deus subirão ladeira escabrosa... Em seguida,
denotou a atenção de quem escutava os insultos que lhe eram endereçados...
Finda a pausa ligeira, apontou para o amigo, com um gesto, a poeira e o pedregulho
que se avantajavam à frente e, como a recordar-lhe a pergunta que deixara sem
resposta, afirmou com voz firme: —Para a conquista do reino de Deus, este é o
caminho... (Mensagem extraída do livro Cartas e crônicas, cap. 5.)
36-
A última tentação
Dizem que Jesus, na hora
extrema, começou a procurar os discípulos, no seio da agitada multidão que lhe
cercava o madeiro, em busca de algum olhar amigo em que pudesse reconfortar o
espírito atribulado... Contemplou, em silêncio, a turba enfurecida. Fustigado
pelas vibrações de ódio e crueldade, qual se devera morrer, sedento e em
chagas, sob um montão de espinhos, começou a lembrar os afeiçoados e seguidores
da véspera... Onde estariam seus laços amorosos da Galileia?... Recordou o
primeiro contato com os pescadores do lago e chorou. A saudade amargurava-lhe o
coração. Por que motivo Simão Pedro fora tão frágil? que fizera Ele, Jesus,
para merecer a negação do companheiro a quem mais se confiara? Que razões
teriam levado Judas a esquecê-lo? Como entregara, assim, ao preço de míseras
moedas, o coração que o amava tanto? Onde se refugiara Tiago, em cuja presença
tanto se comprazia? Sentiu profunda saudade de Filipe e Bartolomeu, e desejou
escutá-los. Rememorou suas conversações com Mateus e refletiu quão doce lhe
seria poder abraçar o inteligente funcionário de Cafarnaum, de encontro ao
peito... De reminiscência a reminiscência, teve fome da ternura e da confiança
das criancinhas galileias que lhe ouviam a palavra, deslumbradas e felizes, mas
os meninos simples e humildes que o amavam perdiam-se, agora, a distância...
Recordou Zebedeu e suspirou por acolher-se-lhe à casa singela. João, o amigo
abnegado, achava-se ali mesmo, em terrível desapontamento, mas precisava
socorro para sustentar Maria, a angustiada Mãe, ao pé da cruz. O Mestre
desejava alguém que o ajudasse, de perto, em cujo carinho conseguisse encontrar
um apoio e uma esperança... Foi quando viu levantar-se, dentre a multidão
desvairada e cega, alguém que ele, de pronto, reconheceu. Era o mesmo Espírito
perverso que o tentara no deserto, no pináculo do 95 templo e no cimo do monte.
O Gênio da Sombra, de rosto enigmático, abeirou-se dele e murmurou: —Amaldiçoa
os teus amigos ingratos e dar-te-ei o reino do mundo! Proclama a fraqueza dos
teus irmãos de ideal, a fim de que a justiça te reconheça a grandeza angélica e
descerás, triunfante, da cruz!... Dize que os teus amigos são covardes e duros,
impassíveis e traidores e unir-te-ei aos poderosos da Terra para que domines
todas as consciências. Tu sabes que, diante de Deus, eles não passam de míseros
desertores... Jesus escutou, com expressiva mudez, mas o pranto manou-lhe mais
intensamente do olhar translúcido. —Sim — pensava —, Pedro negara-o, mas não
por maldade. A fragilidade do Apóstolo podia ser comparada à ternura de uma
oliveira nascente que, com os dias, se transforma no tronco robusto e nobre, a
desafiar a implacável visita dos anos. Judas entregara-o, mas não por má-fé.
Iludira-se com a política farisaica e julgara poder substituí-lo com vantagem nos
negócios do povo. Encontrou, no imo d'alma, a necessária justificação para
todos e parecia esforçar-se por dizer o que lhe subia do coração. Ansioso, o
Espírito das Trevas aguardava-lhe a pronúncia, mas o Cordeiro de Deus, fixando
os olhos no céu inflamado de luz, rogou em tom inesquecível: —Perdoa-lhes, Pai!
Eles não sabem o que fazem!... O Príncipe das Sombras retirou-se apressado.
Nesse instante, porém, em vez de deter-se na contemplação de Jerusalém dominada
de impiedade e loucura, o Senhor notou que o firmamento rasgara-se, de alto a
baixo, e viu que os anjos iam e vinham, tecendo de estrelas e flores o caminho
que o conduziria ao trono celeste. Uma paz indefinível e soberana
estampara-se-lhe no semblante. O Mestre vencera a última tentação e seguiria,
agora, radiante e vitorioso, para a claridade sublime da ressurreição eterna.
(Mensagem extraída do livro Contos e apólogos, cap. 26.)
37 - Servir
mais
Efraim ben Assef, caudilho de Israel contra
o poderio romano, viera a Jerusalém para levantar as forças da resistência, e,
informado de que Jesus, o Profeta, fora recebido festivamente na cidade,
resolveu procurá-lo, na casa de Obede, o guardador de cabras, a fim de ouvi-lo.
Mestre — falou o guerreiro —, não te procuro como quem desconhece a Justiça de
Deus, que corrige os erros do mundo, todos os dias... Tenho necessidade de
instrução para a minha conduta pessoal no auxílio do povo. Como agir, quando o
orgulho dos outros se agiganta e nos entrava o caminho?... quando a vaidade
ostenta o poder e multiplica as lágrimas de quem chora? —É preciso ser mais
humilde e servir mais — respondeu o Senhor, fixando nele o olhar translúcido.
—Mas... e quando a maldade se ergue, espreitando--nos à porta? que fazer,
quando os ímpios nos caluniam à feição de verdugos?
E Jesus: —É preciso mais amor e servir
mais.
—Senhor, e a palavra feroz? que medidas
tomar para coibi-la? como proceder, quando a boca do ofensor cospe fogo de
violência, qual nuvem de tempestade, arremessando raios de morte?
—É preciso mais brandura e servir mais.
—E diante dos golpes? Há criaturas que se
esmeram na crueldade, ferindo-nos até o sangue... De que modo conduzir nosso
passo à frente dos que nos perseguem sem motivo e odeiam sem razão?
—É preciso mais paciência e servir mais.
—E a pilhagem, Senhor? Que diretrizes
buscar perante aqueles que furtam desapiedados e poderosos, assegurando a
própria impunidade à custa do ouro que ajuntam sobre o pranto dos semelhantes?
—É preciso mais renúncia e servir mais.
—E os
assassinos? Que comportamento
adotar junto daqueles que incendeiam campos e lares, exterminando
mulheres e crianças?
—É preciso mais perdão e servir mais.
Exasperado por não encontrar alicerces ao
revide político que aspirava a empreender em mais larga escala, indagou Efraim:
—Mestre, que pretendes dizer por "servir mais"? Jesus afagou uma das
crianças que o procuravam e replicou, sem afetação:
—Convencidos de que a Justiça de Deus está
regendo a vida, a nossa obrigação, no mundo íntimo, é viver retamente na
prática do bem, com a certeza de que a Lei cuidará de todos. Não temos, desse
modo, outro caminho mais alto senão servir ao bem dos semelhantes, sempre
mais... O chefe israelita, manifestando imenso desprezo, abandonou a pequena
sala, sem despedir-se.
Decorridos dois dias, quando os esbirros do
Sinédrio chegaram, em companhia de Judas, para deter o Messias, Efraim ben
Assef estava à frente. E, sorrindo, ao algemar-lhe o pulso, qual se prendesse
temível salteador, perguntou sarcástico:
—Não reages, galileu?
Mas o Cristo pousou nele, de novo, o olhar
tranqüilo e disse apenas:
—É preciso compreender e servir mais.
(Mensagem extraída do livro Contos desta e
doutra vida, cap. 7.)
39- A
escrava do Senhor
Quando João, o discípulo amado, veio ter
com Maria, anunciando-lhe a detenção do Mestre, o coração materno, consternado,
recolheu-se ao santuário da prece e rogou ao Senhor supremo poupasse o filho
querido. Não era Jesus o Embaixador divino? Não recebera a notificação dos
anjos quanto à sua condição celeste?... Seu filho amado nascera para a salvação
dos oprimidos... Ilustraria o nome de Israel, seria o rei diferente, cheio de
amoroso poder. Curava leprosos, levantava paralíticos sem esperança. A
ressurreição de Lázaro, já sepultado, não bastaria para elevá-lo ao cume da
glorificação?
E Maria confiou ao Deus de Misericórdia
suas preocupações e súplicas, esperando-lhe a providência; entretanto, João
voltou em horas breves, para dizer-lhe que o Messias fora encarcerado.
A Mãe santíssima regressou à oração em
silêncio. Em pranto, implorou o favor do Pai celestial. Confiaria nele.
Desejava enfrentar a situação, desassombradamente, procurando as autoridades de
Jerusalém. Mas humilde e pobre, que conseguiria dos poderosos da Terra? E,
acaso, não contava com a proteção do Céu? Certamente, o Deus de bondade
infinita, que seu filho revelara ao mundo, salvá-lo-ia da prisão, restituí-lo-ia
à liberdade. Maria manteve-se vigilante. Afastando-se da casa modesta a que se
recolhera, ganhou a rua e intentou penetrar o cárcere; todavia, não conseguiu
comover o coração dos guardas.
Noite alta, velava, súplice, entre a
angústia e a confiança.
Mais tarde, João voltou, comunicando-lhe as
novas dificuldades surgidas. O Mestre fora acusado pelos sacerdotes. Estava
sozinho. E Pilatos, o administrador romano, hesitando entre os dispositivos da
lei e as exigências do povo, enviara o Mestre à consideração de Herodes. Maria
não pôde conter-se. Segui-lo-ia de perto. Resoluta, abrigou-se num manto
discreto e tornou à via pública, multiplicando as rogativas ao Céu, em sua
maternal aflição. Naturalmente, Deus modificaria os acontecimentos, tocando a
alma de Antipas. Não duvidaria um instante. Que fizera seu filho para receber
afrontas? Não reverenciava a lei? Não espalhava sublimes consolações? Amparada
pela convertida de Magdala, alcançou as vizinhanças do palácio do tetrarca. Oh!
infinita amargura! Jesus fora vestido com uma túnica de ironia e ostentava, nas
mãos, uma cana suja à maneira de cetro e, como se isso não bastasse, fora
também coroado de espinhos!... Ela quis aproximar-se a fim de libertar-lhe a
fronte sangrenta e arrebatá-lo da situação dolorosa, mas o filho, sereno e
resignado, endereçou-lhe o olhar mais significativo de toda a existência.
Compreendeu que Ele a induzia à oração e,
em silêncio, lhe pedia confiança no Pai. Conteve-se, mas o seguiu em pranto,
rogando a intervenção divina. Impossível que o Pai não se manifestasse. Não era
seu filho o escolhido para a salvação? Não era Ele a luz de Israel, o sublime
Revelador? Lembrou-lhe a infância, amparada pelos anjos... Guardava a impressão
de que a Estrela Brilhante, que lhe anunciara o nascimento, ainda resplandecia
no alto!...
A multidão estacou, de súbito.
Interrompera-se a marcha para que o governador romano se pronunciasse em
definitivo. Maria confiava. Quem sabe chegara o instante da ordem de Deus? O
supremo Senhor poderia inspirar diretamente o juiz da causa.
Após ansiedades longas, Pôncio Pilatos, num
esforço extremo para salvar o acusado, convidou a turba farisaica a escolher
entre Jesus, o divino Benfeitor, e Barrabás, o bandido. O coração materno
asilou esperanças mais fortes. O povo ia falar e o povo devia muitas bênçãos ao
seu filho querido. Como equiparar o Mensageiro do Pai ao malfeitor cruel que
todos conheciam? A multidão, porém, manifestou-se, pedindo a liberdade para
Barrabás e a crucificação para Jesus. Oh! — pensou a mãe atormentada — onde
está o Eterno que não me ouve as orações? Onde permanecem os anjos que me
falavam em luminosas promessas?
Em copioso pranto, viu seu filho vergado ao
peso da cruz. Ele caminhava com dificuldade, corpo trêmulo pelas vergastadas
recebidas e, obedecendo ao instinto natural, Maria avançou para oferecer-lhe
auxílio. Contiveram-na, todavia, os soldados que rodeavam o Condenado divino.
Angustiada, recordou-se repentinamente de
Abraão. O generoso patriarca, noutro tempo, movido pela voz de Deus, conduzira
o filho amado ao sacrifício. Seguira Isaque inocente, dilacerado de dor,
atendendo a recomendação de Jeová, mas eis que, no instante derradeiro, o
Senhor determinou o contrário, e o pai de Israel regressara ao santuário
doméstico em soberano triunfo. Certamente, o Deus compassivo escutava--Ihe as
súplicas e reservavalhe júbilo igual. Jesus desceria do Calvário, vitorioso,
para o seu amor, continuando no aposto-lado da redenção; no entanto,
dolorosamente surpreendida, viu-o içado no madeiro, entre ladrões.
Oh! a terrível angústia daquela hora!...
Por que não a ouvira o poderoso Pai? Que fizera para não lhe merecer a bênção?
Desalentada, ferida, ouvia a voz do filho, recomendando-a aos cuidados de João,
o companheiro fiel. Registrou-lhe, humilhada, as palavras derradeiras. Mas
quando a sublime cabeça pendeu inerte, Maria recordou a visita do anjo, antes
do Natal divino. Em retrospecto maravilhoso, escutou-lhe a saudação celestial.
Misteriosa força assenhoreava-se-lhe do espírito. Sim... Jesus era seu filho,
todavia, antes de tudo, era o Mensageiro de Deus. Ela possuía desejos humanos,
mas o supremo Senhor guardava eternos e insondáveis desígnios. O carinho
materno poderia sofrer; contudo, a Vontade celeste regozijava-se. Poderia haver
lágrimas em seus olhos, mas brilhariam festas de vitória no reino de Deus.
Suplicara aparentemente em vão, porquanto, certo, o Todo-Poderoso atendera-lhe
os rogos, não segundo os seus anseios de mãe, e sim de acordo com os seus
planos divinos!... Foi então que Maria, compreendendo a perfeição, a
misericórdia e justiça da vontade do Pai, ajoelhou-se aos pés da cruz e,
contemplando o filho morto, repetiu as inesquecíveis afirmações:
— Senhor, eis aqui a tua serva! Cumpra-se
em mim, segundo a tua palavra!
(Mensagem extraída do livro Lázaro
redivivo, cap. 2.)
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