segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Lei de destruição duelo.

PRECE INICIAL

DUELO E PENA DE MORTE CAP.VI

Objetivo(Todos os ciclos): Lembrar  que o “olho por olho e dente por dente”, de Moisés e o “quem com espada fere, com espada será ferido”, do Cristo, são preceitos que consagram o princípio fundamental da Justiça. Moisés, todavia, dava ao ofendido o direito de tirar desforra, pessoalmente e na proporção da ofensa recebida, enquanto o Cristo trouxe como missão ensinar-nos a quebrar as cadeias do mal pela lei de ação e reação. Introduziu nas relações humanas uma nova ética: “amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio e orai pelos que vos perseguem e caluniam”, exemplificando-a, ele mesmo, até às últimas consequências. Não deixou, porém, de adverti-los, mui explicitamente: “Se perdoardes aos outros as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados, mas, se não lhes perdoardes quando vos tenham ofendido, tão-pouco vosso Pai celestial vos perdoará os pecados.”

PENA DE MORTE

A finalidade da reencarnação é o melhoramento e o progresso de cada espírito, para que possa haver a perfeita justiça.

A morte de um ser humano por outro ser humano é vingança; isto é falta de amor, crueldade e imperfeição moral. A vida do ser humano, para o verdadeiro cristão, pertence a Deus; tirá-la é interromper a missão do espírito.

Podemos concluir com essas palavras que a pena de morte não está de acordo com as leis divinas, e como sabemos, as leis dos homens vão de acordo com as de Deus. Quando conhecemos alguém que comete injustiças com o próximo e só faz atrocidades com o ser humano, logo nos vem a cabeça que ele não merece estar encarnado.

Se Deus lhe permitiu estar conosco no mesmo planeta, algum motivo tem. O Criador, com a sua infinita bondade, dá a oportunidade das pessoas cometerem erros, e até mesmo passar por cima de suas leis divinas, por conta da lei do livre arbítrio.
Morte Defender a pena de morte é se opor a tudo o que nos ensina a doutrina

DUELO   
 É criminoso o homicídio por duelo, o que a vossa própria legislação reconhece. Ninguém tem o direito, em caso algum de atentar contar a vida de seu semelhante. Isso é um crime aos olhos de Deus, que vos determinou a linha de conduta. Nisto, mais que em qualquer outra coisa, sois juízes em causa própria. Lembrai-vos de que vos será perdoado segundo tiverdes perdoado. Pelo perdão vos aproximais da Divindade, porque a clemência é irmã do poder. Enquanto uma gota de sangue correr na Terra pelas mãos dos homens, o verdadeiro Reino de Deus ainda não terá chegado, esse reino de pacificação e de amor, que deve banir para sempre do vosso globo a animosidade, a discórdia e a guerra. Então, a palavra duelo não mais existirá na vossa língua, senão como uma longínqua e vaga recordação do passado: os homens não admitirão entre eles outro antagonismo, que a nobre rivalidade do bem.






PODERÁ SER APLICADA A SEGUINTE DINÂMICA:

Grupo grande: Dividir em 2 grupos e solicitar para localizarem a resposta correta referente a pergunta do livro dos espíritos apresentada a cada grupo.
Perguntas utilizadas na dinâmica retiradas do livro dos espíritos.

757. O duelo pode ser considerado como um caso de legítima defesa?
 Não; é um assassínio e um costume absurdo, digno dos bárbaros. Numa civilização mais avançada e mais moral o homem compreenderá que o duelo é tão ridículo quanto os combates antigamente encarados como “o juízo de Deus”.
758. O duelo pode ser considerado como um assassínio por parte daquele que, conhecendo a sua própria fraqueza, está quase certo de sucumbir?

É um suicídio.

758-a. E quando as probabilidades são iguais, é um assassínio ou um suicídio?

É um e outro.

759. Qual o valor do que se chama o ponto de honra em matéria de duelo?
O do orgulho e da vaidade, duas chagas da Humanidade.

759-a. Mas não há casos em que a honra está verdadeiramente empenhada e a recusa seria uma covardia?
Isso depende dos costumes e dos usos. Cada país e cada século tem a respeito uma maneira diferente de ver. Quando os homens forem melhores e moralmente mais adiantados, compreenderão que o verdadeiro ponto de honra está acima das paixões terrenas e que não é matando ou se fazendo matar que se repara uma falta.
760. A pena de morte desaparecerá um dia da legislação humana?
 A pena de morte desaparecerá incontestavelmente e sua supressão assinalará um progresso da Humanidade. Quando os homens forem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida da Terra. Os homens não terão mais necessidade de ser julgados pelos homens. Falo de uma época que ainda está muito longe de vós.
    







 761. A lei de conservação dá ao homem o direito de preservar a sua própria vida; não aplica ele esse direito quando elimina da sociedade um membro perigoso?
   Há outros meios de se preservar do perigo, sem matar. É necessário, aliás, abrir e não fechar ao criminoso a porta do arrependimento.
 762. Se a pena de morte pode ser banida das sociedades civilizadas, não foi uma necessidade em tempos menos adiantados?
 Necessidade não é o termo. O homem sempre julga uma coisa necessária quando não encontra nada melhor. Mas, à medida que se esclarece, vai compreendendo melhor o que é justo ou injusto e repudia os excessos cometidos nos tempos de ignorância, em nome da justiça.
      763. A restrição dos casos em que se aplica a pena de morte é um índice do progresso da civilização?
      — Podes duvidar disso? Não se revolta o teu Espírito lendo os relatos dos morticínios humanos que antigamente se faziam em nome da justiça e freqüentemente em honra à Divindade; das torturas a que se submetia o condenado e mesmo o acusado, para lhe arrancar, a peso do sofrimento, a confissão de um crime que ele muitas vezes não havia cometido? Pois bem, se tivesses vivido naqueles tempos, acharias tudo natural, e talvez, como juiz, tivesses feito outro tanto. É assim que o que parece justo numa época parece bárbaro em outra. Somente as leis divinas são eternas. As leis humanas modificam-se com o progresso. E se modificarão ainda, até que sejam  colocadas em harmonia com as leis divinas(1).

     764. Jesus disse: “Quem matar pela espada perecerá pela espada”. Essas palavras não representam a consagração da pena de talião? E a morte imposta  ao assassino não é a aplicação dessa pena?
Tomai tento! Estais equivocados quanto a estas palavras, como sobre muitas outras. A pena de talião é a justiça de Deus; é ele quem a aplica. Todos vós sofreis a cada instante essa pena, porque sois punidos naquilo em pecais, nesta vida ou numa outra. Aquele que fez sofrer o seu semelhante estará numa situação em que sofrerá o mesmo. E este o sentido das palavras de Jesus. Pois não vos disse também: “Perdoai aos vossos inimigos” ? E não vos ensinou a pedir a Deus que perdoe as vossas ofensas da maneira que perdoastes, ou seja, na mesma proporção em que houverdes perdoado?
Compreendei bem isso.
    
 765. Que pensar da pena de morte imposta em nome de Deus?
    
 Isso equivale a tomar o lugar de Deus na prática da justiça. Os que agem assim revelam quanto estão longe de compreender a Deus e quanto têm ainda a expiar. É um crime aplicar a pena de morte em nome de Deus. e os que afazem são responsáveis por esses assassinatos.








BRINCADEIRA DA FORCA ( TURMA DIVIDIDA EM DOIS GRUPOS)
SOBRE QUAL CAPITULO ESTUDAMOS HOJE? 
CAPITULO VI  ( L.E)
TEMA DA AULA? 
DUELO / PENA DE MORTE
FALAMOS SOBRE???? 
PERDÀO
JESUS
AMOR
JUSTIÇA

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

LEI DA DESTRUIÇÃO – Livro dos espíritos perguntas 730 a 765

LEI DA DESTRUIÇÃO – Livro dos espíritos perguntas 730 a 765

Prece Inicial.

Bolas e palitos Destruição é uma coisa boa ou ruim? É uma Lei de Deus? Concluir que tudo que é de Deus é bom Explicando que Deus permite sim a destruição, mas só para atender às nossas necessidades. É a destruição necessária. Quando destruímos sem necessidade, estamos praticando uma destruição abusiva, e essa não faz parte da Lei de Deus. - Introdução ao assunto Destruição é transformação, pois o que é destruído logo em seguida é construído novamente. Por exemplo, destruímos arvores para construir casas. Destruímos casas para construir prédios. Destruímos a vida de um animal para nos alimentar. Vamos evoluir para um dia não mais precisarmos matar animais para nossa alimentação. Morremos (desencarnamos) para nascer de novo. 
Temos a Lei de destruição e da conservação, para que as coisas não sejam destruídas fora de hora. As pessoas que saem pichando muros, destruindo telefones públicos, quebrando vidraças entre outras coisas, são imaturos. Essas ações são um abuso e vão contra a lei da destruição. É a inteligência que faz o homem destruir o que é necessário, para transformar o mundo à sua volta em um bom lugar para todos viverem. 
Temos na Terra uma visão um pouco distorcida, quase sempre negativa, de todos os processos de destruição. Mas esses processos são absolutamente normais e necessários para a continuidade da vida. A alimentação de uns seres só é possível pela destruição de outros. Assim, animais herbívoros comem vegetais, animais carnívoros comem outros animais. 
Além disso, para que os seres vivos possam continuar nascendo, é preciso que os que vieram antes morram; senão a quantidade desequilibrada de seres no mundo impediria a continuidade da vida de todos. Importante é lembrar sempre que o essencial – o espírito – nunca pode ser destruído. Mas para que ele possa transformar-se e evoluir, é necessário que a parte material, que é o corpo físico que o envolve, experimente a destruição através da morte. 
A lua passa pelas fases, crescente, cheia, minguante, nova e crescente novamente e assim por diante. A semente germina, torna-se árvore e depois a árvore morre e aquele princípio espiritual renasce em outra semente. As estações do ano – primavera, verão, outono e inverno e recomeça na primavera novamente. 
O dia também tem seu ciclo – manhã, tarde e noite, os animais nascem, crescem e morrem. Tudo na Natureza termina para recomeçar, todas as coisas têm seus ciclos. Mostrar que a morte é apenas uma transformação necessária ao aperfeiçoamento. - Jogo da Batata Quente 
1 - A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos? 
2 - A necessidade da destruição existirá sempre entre os homens sobre a Terra?
3 - O homem tem direito ilimitado de destruição sobre os animais? 
4 - O que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança, como exemplo a caça que tem como objetivo o prazer de destruir sem utilidade?
5 – É correto pescar simplesmente por diversão? 
6 – Os povos que não concordam com a destruição dos animais tem um mérito particular? 
7 – O que é destruição abusiva? 
8 – Vocês concordam com as guerras? 
9 – A morte dos seres vivos faz parte da lei da natureza?

Sugestões de situações: 

1 - Uma moça pensando que o inverno estava próximo e faria muito frio, foi fazer compras. Viu nas vitrines várias opções, lindas roupas, de todo o tipo. Chamou a atenção dela, porém, um lindo casaco de peles. Resolveu entrar para experimentar. Gostou muito do casaco, era exatamente o que ela tinha imaginado para aquecer-se no inverno. Já ia comprá-lo, quando de repente, ouviu uma voz que dizia: - Você vai sair por ai, com um pobre bicho morto enrolado em você? O que você acha que ela fez? 
2 - José é um moço muito educado, ele está estudando para ser juiz. Conhece muito as leis, e já é advogado. Ele costuma ser muito ético e correto em tudo o que faz. José, porém, não defende criminosos, pois ele acha que quem matou alguém merece a pena de morte. Qual a sua opinião a respeito? Ele está correto? 
3 - Antonio é governante de um pequeno país, do outro lado do mundo. João também governa um país, que fica ao lado do país de Antonio. O povo dos dois países, apesar de próximos, possuem cultura e religiões diferentes, e não conseguem viver em paz. As provocações são constantes, as fronteiras são vigiadas e várias pessoas morreram porque eles não conseguem respeitar as diferenças que existem entre os povos. Qual a solução? 
4 - André está programando suas férias. Um grande amigo seu o convidou para irem a um safári (viagem com fins de caçar animais esportivamente, ou seja, não para comer e sim por diversão). André ficou pensativo. Responda você, o que André deve dar como resposta ao amigo. 
5 - Joana gosta muito de animais. Ela sabe que são seres criados por Deus, e que estão evoluindo, assim como nós, os seres humanos. Ela tem pensado muito em se tornar vegetariana, fazendo uma pequena parte para que menos animais morram. O que você acha disso? 
6 - Pedro mora em um lugar que foi quase completamente destruído por um tsunami. Ele perdeu vários amigos e sua casa. A vida no vilarejo onde ele mora está sendo reconstruída aos poucos. Por que você acha que aconteceu essa tragédia? Como Pedro deve agir neste momento difícil?
As criaturas são instrumentos de que Deus se serve para chegar aos fins que objetiva. Para se alimentarem, os seres vivos reciprocamente se destroem, destruição esta que obedece a um duplo fim: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do invólucro exterior que sofre a destruição. Esse invólucro é simples acessório e não a parte essencial do ser pensante. 
A parte essencial é o princípio inteligente, que não se pode destruir e se elabora nas metamorfoses diversas por que passa. (O Livro dos Espíritos. Questão 728 -a). Allan Kardec) O químico francês, Lavosier dizia: '' Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.''

Prece de encerramento



TEMA: LEI DE DESTRUIÇÃO - L.E. CAP. VI


CEEB 02/09/2019
TURMA: JOANA DE ÂNGELIS – 3º CICLO - SEGUNDA À NOITE
TEMA: LEI DE DESTRUIÇÃO - L.E. CAP. VI

ASSUNTO - DESTRUIÇÃO NECESSARIA (TRANSFORMAÇÃO)/ ABUSIVA (ULTRAPASSA OS LIMITES). COMO EU PERCEBO A DESTRUIÇÃO?
Objetivo: Explicar que a destruição também se constitui lei da natureza, cumprindo um sábio desígnio providencial. Ressaltar que a lei de destruição é o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de metamorfoses, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo que, paralelamente, os seres vão passando por estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, o reinado da Razão. Em última análise, “a destruição não é mais que uma transformação que tem por finalidade a renovação e a melhoria dos seres vivos.”

PÁGINA DE ABERTURA: Ao acaso.

 

PRECE INICIAL.

DESENVOLVIMENTO DA AULA:
Iniciar a aula com o caça palavra em anexo. Quem terminar primeiro até o terceiro lugar ganhará um brinde (hocolate da semana passada)
Na sequência perguntar, conforme o caça palavras, estes assuntos tem a ver com que Lei Divina?
Fazer breves reflexões sobre os temas co caça palavras.
Dividir a turma em dois grupos:
DISTRUIÇÃO NECESSÁRIA e DISTRUIÇÃO ABUSIVA.
Apresentar algumas imagens com atitudes em que a distruição é necessária, outras, abusivas. Solicitar que expliquem porque acham que as imagems selecionadas pertencem a determinado grupo de destruição, e quais as vantagens e consequências?
Fechar à atividade com maiores esclarecimentos e fechar com a contação da história:  A História "O Pardal"
Finalizar com a reflexão dos balões. Entregar os baloes pedir que os encham, e após todos terem enchidos, falar que eles podem fazer o que bem entenderem. Aos, que derem uma utilização “lúdica/útil” muito bom. Aos que destruírem, que REFLITAM, nas responsabilidades e consequências…
A idéia é perceberem que se não há necessidade, não devemos distruir.

PRECE FINAL




 ANEXOS E SUBSIDIOS:



































A História "O Pardal"



Quando eu tinha onze anos, um amigo de meu pai deu-me de presente uma carabina de brinquedo. Papai agradeceu-lhe polidamente, porém sem nenhum entusiasmo. Deixei-os e corri ao pomar.

Minha primeira vítima foi um pardal. Lembro-me bem de que, a despeito do orgulho que senti por ser tão bom atirador, tive a vaga sensação de culpa, ao ver cair o passarinho.

Minha insegurança levou-me a procurar meu pai. Encontrei-o ocupado em tirar, de uma teia de aranha, os insetos e moscas que ali se haviam aprisionado, colocando-os depois em uma caixinha de fósforos.

- Para que isso, papai? perguntei.

- Venha comigo e eu lhe mostro.

Levando -me ao jardim, mostrou-me, então, entre a espessa folhagem de uma arbusto, um ninho onde se achavam quatro pássaros implumes. Abrindo a caixa com cautela, foi metendo as moscas e os insetos nos biquinhos abertos. Compreendi o motivo e ofereci-me para ajudá-lo.

- Não é coisa fácil! - disse ele.

Passei a tarde procurando insetos e remexendo a terra, a ver se encontrava vermes. De noite, papai agasalhou os passarinhos com um pouco de algodão.

Na manhã seguin-te veio ter ao meu quarto, quando eu me estava vestindo. Trazia nas mãos um dos pequeninos pássaros, já morto.

- Morreu durante a noite! -, explicou ao mostrá-lo. - Vamos fazer tudo para salvar os outros.

Terminado o jantar, àquela noite, encon-tramos uma segunda vítima do frio. Alguns dias depois, estando eu a tomar o café da manhã, entrou meu pai, trazendo o terceiro filhote, igualmente inanimado.

- O último, porém, parece forte e resistente como poucos, observou sorrindo. Creio mesmo que, em breve, ensaiará as asas. Mas o pobre orfãozinho, acrescentou, há de passar por maus momentos, pois não tem quem lhe ensine os segredos do vôo e, embora não pareça, talvez esteja um pouco fraco. Os pássaros assim, novinhos, precisam receber alimento a todos os instantes e nós não chegamos a alimentá-los em tempo, como necessitavam.

Fomos encontrá-lo, um dia, o pequeno sobrevivente, a baloiçar-se amedrontado sobre um galho. O fato de que aquele passarinho precisava voar tornara-se, aos meus olhos, de suprema importância. Foi quando o vimos, de repente, soerguer-se no espaço. Bateu asas quanto pôde, mas em vão; um segundo depois caía sobre a relva. Agitou-se num tremor e... morreu.

- Pobrezinho, não teve sorte! -, observou papai.

Sentindo-me tomado de remorsos, exclamei por fim, sem mais poder conter o que mais ia na alma:

- Papai, a culpa é minha! Fui eu que matei a mãe deles!...

- Eu sei, meu filho, vi você fazer aquilo. Não se aflija, são raros os meninos que não fazem o mesmo. Quis apenas mostrar-lhe que, ferindo alguém, ferimos, ao mesmo tempo, outras pessoas e até mesmo as que mais amamos ou as que mais nos amam. E é, não raro, maior o mal que assim fazemos a nós mesmos.

Texto extraído do livro: "E, para o resto da Vida..." de Wallace Leal Rodrigues


Algumas perguntas e respostas sobre o tema no L.E.

728 A destruição é uma lei natural?
– É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar. O que chamais destruição é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
729 Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que a natureza os cerca com meios de preservação e de conservação?
– Para que a destruição não ocorra antes do tempo preciso. Toda destruição antecipada dificulta o desenvolvimento do princípio inteligente; é por isso que Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir.
734 Em seu estado atual, o homem tem direito ilimitado de destruição sobre os animais?
– Esse direito é regido pela necessidade de prover a sua alimentação e segurança. O abuso nunca foi um direito.
735 O que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança? Da caça, por exemplo, quando tem por objetivo apenas o prazer de destruir sem utilidade?
– Predominância dos maus instintos sobre a natureza espiritual. Toda destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais destroem apenas de acordo com suas necessidades; mas o homem, que tem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade; ele deverá prestar contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, porque cede aos maus instintos.
737 Com que objetivo os flagelos destruidores atingem a humanidade?
– Para fazê-la progredir mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? É preciso ver o objetivo para apreciar os resultados dele. Vós os julgais somente do ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que ocasionam; mas esses aborrecimentos são, na maior parte das vezes, necessários para fazer chegar mais rapidamente a uma ordem de coisas melhores e realizar em alguns anos o que exigiria séculos.
739 Os flagelos destruidores têm alguma utilidade do ponto de vista físico, apesar dos males que ocasionam? 740 Os flagelos não seriam para o homem também provas morais que os submetem às mais duras necessidades?
– Sim, eles mudam, muitas vezes, as condições de uma região; mas o bem que resulta disso somente é percebido pelas gerações futuras.
– Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, mostrar sua paciência e sua resignação à vontade da Providência, e até mesmo multiplicam neles os sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se não é dominado pelo egoísmo.
742 Qual é a causa que leva o homem à guerra? 744 Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária?
– Predominância da natureza selvagem sobre a espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos conhecem apenas o direito do mais forte; é por isso que a guerra é para eles um estado normal. Contudo, à medida que o homem progride, ela se torna menos freqüente, porque evita as suas causas, e quando é inevitável sabe aliar à sua ação o sentimento de humanidade.
– A liberdade e o progresso.
745 O que pensar daquele que provoca a guerra em seu proveito?
– Esse é o verdadeiro culpado e precisará de muitas reencarnações para expiar todas as mortes que causou, porque responderá por todo homem cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.
746 O assassinato é um crime aos olhos de Deus?
– Sim, um grande crime; porque aquele que tira a vida de seu semelhante corta uma vida de expiação ou de missão, e aí está o mal.
752 Pode-se ligar o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?
– É o instinto de destruição no que há de pior. Se a destruição é, às vezes, uma necessidade, a crueldade nunca é; é sempre o resultado de uma natureza má.
754 A crueldade não vem da ausência do senso moral?
– Diremos melhor, que o senso moral não está desenvolvido, mas não que esteja ausente, porque ele existe, como princípio, em todos os homens; é esse senso moral que os faz mais tarde serem bons e humanos. Ele existe, portanto, no selvagem, mas está como o princípio do perfume está no germe da flor antes de desabrochar.
 Todas as faculdades existem no homem em condição rudimentar ou latente. Elas se desenvolvem conforme as circunstâncias lhes são mais ou menos favoráveis. O desenvolvimento excessivo de uma faz cessar ou neutraliza o das outras. A superexcitação dos instintos materiais sufoca, por assim dizer, o senso moral, como o desenvolvimento do senso moral enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramente selvagens.
757 O duelo pode ser considerado como legítima defesa?
759 Qual é o valor do que se chama ponto de honra em matéria de duelo?
– Não; é um assassinato e um costume absurdo, digno de bárbaros. Com uma civilização mais adiantada e moralizada, o homem compreenderá que o duelo é tão ridículo quanto os combates que se consideraram antigamente como o juízo de Deus.
– Orgulho e vaidade: duas chagas da humanidade.
762 Se a pena de morte pode ser banida das sociedades civilizadas, não foi uma necessidade nas épocas menos avançadas?
– Necessidade não é bem a palavra. O homem acha sempre uma coisa necessária quando não encontra justificativa melhor; mas, à medida que se esclarece, compreende mais acertadamente o que é justo ou injusto e repudia os excessos cometidos nos tempos de ignorância, em nome da justiça.











Espirito protetor.

 

Ama